Ligação anônima feita para o número 190 avisou o soldado Aparecido e o cabo Jairo, do 17.º Batalhão de Polícia Militar, que uma mulher havia sido assassinada na madrugada de ontem, no interior de um pequeno apartamento, na Rua Santo Estevão, Jardim Campo Pequeno, em Colombo.
Quando chegaram no local, os policiais encontraram o corpo de Janaína Santos da Silva, 19 anos, morta com um tiro nas costas, à queima-roupa.
O dono do imóvel, Ademir Inácio dos Santos, disse que tem oito apartamentos alugados no local e que Janaína era sua inquilina há 31 dias. ?Ela morava com o filho pequeno, o marido, e mais um casal. Quando a polícia chegou não tinha ninguém em casa, apenas ela, morta?, explicou.
De acordo com o soldado Aparecido, os vizinhos disseram não ter ouvido nenhum tipo de discussão, mas um deles comentou ter ouvido um tiro por volta de 2h. No quarto onde Janaína foi encontrada havia duas camas. Em uma delas, vários pedaços de plástico cortados. A polícia suspeita que seriam para embalar pedras de crack. Na outra estava o corpo da jovem, parcialmente na cama e com os pés no chão. Havia sangue em sua boca e, ao lado do corpo, uma Bíblia aberta na página do Livro de Reis.
Foto: Chuniti Kawamura |
![]() |
Na cozinha, vestígios de que havia muitas pessoas no apartamento. |
No outro quarto havia uma cama de casal com muitas roupas amontoadas e em cima do balcão, duas velas acesas, ao lado de uma balança de precisão. ?Não encontramos drogas, e o plástico cortado não continha nenhum tipo de entorpecente, explicou o investigador Feijó, da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo. Ele disse também que o marido de Janaína e o casal que morava com ela devem ser ouvidos na próxima semana. ?Como moravam juntos, são os principais suspeitos, até que se prove o contrário. Queremos saber quem esteve na casa na noite anterior ao crime. Na cozinha encontramos 12 latas de cerveja, vazias?, completou.
No varal da residência havia roupas de criança e uniforme escolar. ?Queremos saber também com quem está a criança e se estava lá quando o crime aconteceu e foi levada por alguém?, disse Feijó. O investigador solicitou do proprietário do imóvel a relação de moradores e algum tipo de contrato que tenha feito com Janaína.
