A professora Elisa é um mistério. Vive fechada em copas e não partilha nada da sua vida com ninguém. O estranho de tudo isso é que não se trata de uma personagem soturna, que fica se esgueirando nas sombras, nada disso. É uma pessoa que aparenta ser alegre e de bem com a vida, com a diferença que não fala da vida pessoal.

Elisa é uma senhora de meia idade, que se veste como as senhoras de meia idade. Quando digo isso estou me referindo às mais recatadas, porque às vezes a gente vê umas vovós ousadas por aí que são de assustar. Deixam as mocinhas funkeiras no chinelo.

Mas a professora Elisa não se encaixa nesta categoria. É daquelas que a invisível numa multidão. Tem dias que coloca calça cargo bege, com tênis branco e camiseta branca e está pronta a camuflagem eficiente para driblar qualquer radar.

Soube da professora Elisa por intermédio das minhas amigas, que são suas colegas de profissão e trabalham com ela. Silvana, a mais falante entregou o jogo em um dia que voltavam de carona comigo de um seminário na PUC, junto com Lucimara e a Denise. Elas conversavam sem parar no carro, quando Silvana falou: “É num destes espigões que a professora Elisa mora”, disse, quando ávamos pela Visconde Guarapuava. Como se fosse combinado, Lucimara e Denise perguntaram ao mesmo tempo: “Qual"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>