Qual o segredo para criar a mordida perfeita de um cachorro-quente? Quem mata a fome com um dogão talvez nem pense na mordida perfeita, mas ela faz diferença. Em Curitiba, dois empresários pensam nessa proposta, com todo rigor de detalhe. A estratégia tem dado certo. O cachorro-quente dos caras foi premiado o melhor da cidade cinco vezes.
“Homogeneidade de sabor, mordida gostosa. Saber organizar o recheio dentro do hot dog, para que não haja mordidas frustrantes, como comer só o pão ou um pedacinho da salsicha”, definiu Vinícius Sales, de 34 anos, um dos sócios da Green Dog. Ele e mais três sócios estão a frente da operação de um dos cachorros-quentes mais queridos de Curitiba.
O carinho do curitibano pelo Green Dog não é ao acaso. Quem experimenta com certeza volta. O campeão de vendas desde 2007, desde quando tudo começou, continua sendo o Nhatacas de Juca (R$ 29): o dogão vem prensado no pão com maionese, milho, batata palha, Catupiry, queijo azul e castanha de caju.
O Nhatacas de Juca sempre foi o preferido também do Rango Barateza. O sabor continua perfeito: a crocância e a doçura da castanha combina com o cremoso e o salgadinho dos queijos. Um recheio perfeito, que agrada vegetarianos e carnívoros. O lanche é tão equilibrado, úmido na medida e cheio de sabor, que raramente você vê alguém pedir um sachê de molho pronto. Eles existem, mas ficam quase esquecidos no balcão.
A preocupação com a proposta vegetariana nasceu com o Green Dog, de fazer lanches em que tanto a opção vegetariana quanto a convencional com carne brilhassem igualmente.
“Foi o primeiro dog de Curitiba a ter quatro queijos de verdade. Usamos parmesão, gorgonzola. Temos um cardápio inteiro para vegetarianos. E isso vem desde o começo, numa época em que se tinha pouca opção para vegetarianos na cidade”, conta Vinícius.
Os lanches saborosos logo conquistaram os vegetarianos. E os não vegetarianos também. No Green Dog, o que importa é que o lanche é bom pacas. Sem querer, muita gente percebeu o quão gostoso pode ser um lanche mesmo sem carne.
Fraldinha na mostarda que não deu certo (ufa!)
Phelipe Rangel é o proprietário e fundador do Green Dog, que começou como um plano B. A ideia inicial era montar um carrinho de pão recheado com Fraldinha na mostarda. Por causa da lei municipal, que restringe a venda de produtos alimentícios no período noturno, Phelipe precisou mudar de ideia. Decidiu criar um carrinho de cachorro-quente com ingredientes diferentes, com cardápio completo vegetariano e com carne, numa combinação autêntica e bem original.
O carrinho de cachorro-quente nasceu em 2007. Mais tarde, em 2010, veio a primeira loja no Juvevê, na Rua Alberto Folloni. Em 2017, o Green Dog expandiu para a Rua Vicente Machado e em 2021 chegou em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
O Nhatacas de Juca, com castanha de caju, está desde o começo e segue até hoje como campeão de vendas. Desde 2012, o Narapa (R$ 28) também vem ganhando destaque. Ele é feito com queijo colonial dos Campos Gerais, farofa de alho negro de Morretes, picles de pimenta cambuci curtida no melaço de cana com mel de abelha Jataí e ketchup de cachaça de Cataia.
O Rango Barateza também aproveitou para experimentar um sabor mais ousado. O Barbecue Narapa abraçou uma ideia bem diferente e regional: feito com barbecue de bala de banana de Antonina, chimichurri de erva-mate e queijo de Witmarsum. Com a salsicha de porco, o sabor adocicado do molho se equilibra com a picância do chimichurri e o leve amargo da erva-mate. Por fim, o queijo traz o salgadinho equilibrado.
A partir desta sexta-feira (10), o Nhãopi chega ao cardápio. Feito com pinhão assado no azeite e cebola, complementa o lanche com base de pão, maionese, milho, batata palha e salsicha – que pode ser tradicional ou vegetariana. O lanche sazonal queridinho do público no inverno chega com preço a partir de R$ 25.
Notou algo em comum nos lanches do Green Dog? Eles exploram ingredientes regionais, insumos paranaenses. Junto com a autenticidade, a regionalidade é uma das marcas principais do Green Dog. “Vem tanto de um desejo de favorecer e fortalecer o local, as nossas raízes, como favorecer o consumo local”, revela o sócio Vinícius Sales.
Green Dog: Pentacampeão de Curitiba
O Green Dog, com toda sua autenticidade, conquistou um público fiel. Foi eleito pelo voto popular cinco vezes como o melhor cachorro-quente de Curitiba pelo Prêmio Bom Gourmet (2017, 2019, 2021, 2022 e 2024). Curitiba, que tem a tradição pelo pão com vina muito forte, adotou logo o Green Dog.
O segredo do sucesso? Para o empresário Vinícius Sales a resposta pode soar até um pouco piegas. “É o carinho do nosso público, que é fiel e companheiro mesmo. A gente ganhou a confiança das pessoas. Curitiba tem muito cachorro-quente, a rodo. A gente tem um que é diferente, que sai do clássico”, confessa.
Sempre apostando num sabor diferente, ousado, o próximo o da equipe do Green Dog é apostar em novos sabores para molhos assinados pela casa. “Ainda não tem nada muito certo, mas é uma aposta daqui para frente”, adianta.
**Os valores do cardápio divulgados no post são de maio de 2025 e podem sofrer alterações.
Bora de Green Dog?
São três unidades de Green Dog: duas em Curitiba e uma em São José dos Pinhais. Na capital, uma delas fica na Rua Alberto Folloni, 225 – Juvevê. Funciona de segunda a quinta, das 11 às 23h15, sexta e sábado das 11 às 23h15 e domingo das 11 às 23h15. No Batel, na Rua Vicente Machado, 554, funciona de segunda a quinta, das 11 às 23 horas, sexta e sábado das 11 até meia-noite, e domingo das 17h30 às 23h.
Em São José dos Pinhais, o Green Dog fica na Praça XV de Novembro, 1027, e funciona de segunda a quinta das 11 às 23 horas, sexta e sábado das 11 às 23 horas e domingo das 17 às 23 horas.
Entregas via iFood.
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