Rio Branco enfrenta outra acusação de utilizar atleta irregular

Mal saiu de uma disputa jurídica, o Rio Branco pode retornar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pela mesma acusação da qual foi absolvido na segunda-feira: a utilização de jogador irregular. Desta vez, a bronca seria com o atacante Paulo Massaro, que participou das duas últimas vitórias do time parnanguara na Copa do Brasil – a partida de volta contra o Avaí (SC), em Florianópolis, e o primeiro jogo contra o Villa Nova (MG), no último dia 14, em Paranaguá.

Nas duas ocasiões, Massaro deixou a sua marca. Ele foi o responsável pelo gol da classificação contra o time catarinense e abriu o placar para o Leão da Estradinha contra o Leão do Bonfim, na vitória por 3 a 0.

No Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) consta o nome do atacante apenas a partir do dia 15 de março, ou seja, um dia depois da partida disputada em Paranaguá contra o Villa Nova. Ainda no BID, aparece o prazo do contrato do jogador – validade de três meses, de 15 de fevereiro a 15 de maio.

Sem problemas

De acordo com o advogado Domingos Moro, representante do Rio Branco, o clube não terá que se preocupar com esse ?novo problema?. Segundo ele, Massaro está com a documentação regular perante a CBF e não foi feita nenhuma denúncia contra o atleta.

Ontem, Moro esteve na Federação Paranaense de Futebol (FPF) para enviar à CBF os documentos que comprovam que o atacante estava inscrito como jogador do Rio Branco antes mesmo da partida de volta contra o Avaí.

O advogado conseguiu provas junto à FPF e aos Correios, revelando que a documentação de Massaro foi encaminhada à CBF em 22 de fevereiro.

Moro explicou que o material foi encaminhado durante o recesso da CBF – entre 15 de fevereiro e 1º de março – e, por isso, a Confederação não tinha como precisar qual a data da chegada desses documentos.

Sobre a questão do BID, o atraso no registro de Massaro também pode estar relacionado ao recesso na CBF. O advogado, no entanto, lembra que pelo regulamento da Copa do Brasil o que vale é a data do registro do jogador na CBF e não a data emitida no BID.

Recurso

Na tarde de ontem correu o comentário de que a Procuradoria do STJD iria recorrer da decisão tomada pela 1ª Comissão Disciplinar em absolver o Rio Branco no caso envolvendo o jogador Paulo Augusto. Moro disse estar preparado para o recurso e para mais uma vitória, pois a documentação por ele obtida para o julgamento é bastante robusta.

Avaí não desiste no caso Paulo Augusto

A diretoria do Avaí (SC) analisa como irá reagir à decisão da 1ª Comissão Disciplinar do STJD, que absolveu o Rio Branco da acusação de uso irregular do volante Paulo Augusto na partida entre as duas equipes, em 28 de fevereiro. De acordo com Alceu Atherino, da assessoria de imprensa do Avaí, o veredicto não agradou a diretoria e é grande a possibilidade do clube adotar novas medidas judiciais. O Avaí, como terceiro interessado, não pode entrar com recurso contra decisão do STJD. O time catarinense perdeu à vaga ao sucumbir diante do Leão da Estradinha, em casa, ao perder por 1 a 0.

Caso o Rio Branco seja inocentado de todas as acusações, enfrentará o Villa Nova (MG) em 4 de abril, no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima. Para ar à 3.ª fase da competição, o time parnanguara pode perder por até dois gols de diferença.

Entretanto, o presidente em exercício do STJD, Virgílio Augusto da Costa Val, teria emitido despacho solicitando à CBF que não confirme a data do segundo jogo entre Villa Nova e Rio Branco.

Villa protesta, mas luta por vaga só na bola

O Villa Nova (MG) não vai entrar na briga judicial para tentar provar que o Rio Branco teria utilizado jogadores irregulares contra o próprio time mineiro e o Avaí (SC).

De acordo com a assessoria de imprensa do Leão do Bonfim, por causa da decisão da 1ª Comissão Disciplinar do STJD em absolver, por unanimidade, a equipe paranaense, o Villa Nova não vai gastar tempo nem dinheiro em viagens ao Rio de Janeiro para tentar reverter a decisão. No entanto, o clube mineiro deixa claro que não concorda com a decisão, pois, em seu entendimento, ?o jogador Paulo Augusto não estava inscrito no BID anterior à realização da partida Avaí e Rio Branco e a sua documentação não estava completa, já que o contrato de trabalho não havia sido apresentado?.

O Vila Nova vai tentar reverter a situação dentro do campo, apesar do placar desfavorável.

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