Há quem afirme que falta experiência ao time do Paraná Clube. Ou até mesmo maior “vivência” de Série B. Os currículos dos atletas escolhidos para compor o atual elenco tricolor, porém, mostram o contrário.
O grupo está longe de ser imaturo e a maioria dos jogadores já defendeu outros clubes na segunda divisão nacional. Um balanço que mostra que eles podem e devem render mais com a camisa azul, vermelha e branca. Dentre os atletas mais utilizados pelo técnico Zetti, por exemplo, apenas três estão estreando na Segundona.
Da provável equipe que estará em campo amanhã às 21h, no Canindé contra a Portuguesa, apenas o garoto Elvis, a grande promessa do clube para a temporada, está “debutando” na Série B.
O goleiro Ney, há duas temporadas, viveu a experiência do o para a Série A, defendendo o Vitória-BA. Já o volante Adoniran, teve só uma breve agem pelo Ituano.
“Foram só dois jogos. Por isso, considero essa a minha estreia na Série B”, comentou o jogador.
Na visão do grupo, mesmo ainda sem o ajuste perfeito, esse time possui qualidade para “sair do buraco”.
“Temos, como foi dito nas recentes reuniões, é que estar mais fechados do que nunca”, frisou o meia Dinelson, rechaçando uma divisão no grupo entre atletas da base e aqueles contratados através da L.A. Sports. “Aqui, quem ganha ou perde é o Paraná. Por isso, essas conversinhas vindas de fora não podem nos abalar”, disparou o jogador, que no jogo de sábado se indispôs com um torcedor que questionou seu profissionalismo. “Só fui falar com o cara porque foi uma questão pessoal. Tô dando a minha vida no clube”, disse Dinelson. “Se eu extrapolei, peço desculpas à torcida do Paraná, mas ali, tava todo mundo de cabeça quente”.
O novato da turma, Elvis, tem pensamento idêntico ao do “baixinho”. Vê o time com potencial para virar o jogo e destaca a união do grupo. Aqui, somos todos Paraná. É claro que todos querem jogar e o professor só pode escalar onze. Estou feliz com a confiança que o Zetti está depositando no meu futebol”, comentou o jogador, que faz amanhã seu terceiro jogo como titular da equipe.
“Só que apenas estar no time não adianta. Temos é que vencer”, afirmou o garoto, que ainda não conseguiu comemorar um bom resultado vestindo a camisa 7 tricolor. Apesar dos elogios da comissão técnica, o futebol de Elvis foi insuficiente para evitar derrotas para Figueirense e Brasiliense.
Com essa mescla entre a experiência de Ney, Dirley e Aderaldo e a juventude de Elvis e Wellington Silva o Paraná espera encontrar o equilíbrio para sair da “rabeira” da competição.
Afinal, os próprios jogadores sabem por experiências adas que numa competição como a Série B, o distanciamento das primeiras posições é quase sempre fatal. “Não podemos virar o turno lá atrás. A reação tem que ser imediata”, arrematou o goleiro Ney.
