Arco está em crise, mas Brasil comemora êxito

A Arco Madri, a tradicional feira de arte contemporânea na capital espanhola, não é um evento de obras milionárias. Há o problema da crise econômica da zona do euro, em que Itália, Holanda, Bélgica, Grécia e Portugal estão em recessão. A Espanha a por um de seus piores momentos e, obviamente, esse contexto se reflete na Arco. “As vendas estão lentas, compradores têm interesse pelas obras, mas dizem que vão pensar”, afirma a galerista Juana de Aizpuru, das mais antigas de Madri. Ela diz que a Arco 2012 tem mais qualidade, entretanto, até ontem, não havia promovido uma venda de destaque em seu estande, onde as peças variam entre 6 mil e 150 mil. “Posso apenas dizer que o Centro Pompidou de Paris reservou uma obra de Mike Kelley. Antes, vendia direto”, conta Juana, famosa por seus cabelos vermelhos.

A Arco a, na verdade, por um momento de transição. Esta 31.ª edição, que traz a Holanda como convidada, marca o projeto de Carlos Urroz como diretor da feira. É sua segunda gestão da Arco, centrada em conter o número de galerias selecionadas. Vem se reduzindo, por exemplo, a entrada de participantes espanholas, cerca 40% das 215 expositoras da Arco 2012, abrigada no complexo Ifema (tema de polêmica por anos). Mais ainda, Urroz vem destacando a arte latino-americana na seção Solo Projects Latinoamérica, que tem entre os curadores o brasileiro Cauê Alves.

No segmento, obras de Lia Chaia, da Galeria Vermelho, foram vendidas, e a instalação de Rochelle Costi, da Luciana Brito Galeria, concorria ao prêmio Illy. A Casa Triângulo, de São Paulo, também comemorava a agem com êxito pela Arco. “Melhoraram muito a feira: vendemos para colecionadores da Inglaterra e dos EUA”, diz Rodrigo Editore, diretor da galeria. A Triângulo, com obras que variam de US$ 3 mil a 80 mil, coloca como destaque a pintura de Eduardo Berliner. Agora, a galeria se prepara para, em maio, realizar mostra de Sandra Cinto na feira de Hong Kong, na Ásia, novo evento do mercado de arte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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