John Green e Nat Wolff foram muito simpáticos na coletiva de imprensa de Cidades de Papel, realizada na manhã dessa quarta, 1º, no Hotel Copacabana Palace. Green tornou-se um fenômeno editorial por seus livros que vendem muito em todo o mundo. A Culpa É das Estrelas virou filme e arrebentou nos cinemas brasileiros. A expectativa da distribuidora Fox é repetir ou aumentar o faturamento com Cidades de Papel. Palavras de John Green – “Em nenhum outro lugar, meus livros e o filme fizeram tanto sucesso. Viemos aqui para agradecer”. Quando se tornou escritor, ele não fazia ideia de que seria editado em todo o mundo e traduzido para o português. “Quando estava na faculdade, imaginava que, nessa fase da minha vida, já estaria acomodado, esperando a morte chegar.”
Ao invés disso, Green virou o escritor que dá voz à juventude. Na internet, você encontra depoimentos de jovens que dizem que os livros mudaram suas vidas. Que os fizeram ser entendidos e respeitados pelos adultos. Green reflete – “Tenho leitores adultos, claro, mas me interessa reproduzir o ponto de vista de vocês” (falava para uma plateia de jornalistas e comunicadores predominantemente jovens)”. Recentemente, ele se desculpou pela fala de um de seus personagens, que chama o outro de ‘retardado’. Em plena fase do politicamente correto, como é reproduzir o linguajar dos jovens, que muitas vezes não têm freios na língua? “Como escritor, tenho de ser honesto em busca da verdade, mas isso não me isenta de responsabilidade.” Nat Wolff foi adiante – “O jovem muitas vezes diz coisas sem pensar. O importante é não propagar o preconceito.”
Cidades de Papel começou a nascer há muitos anos, quando Green viajava com uma namorada e chegaram a um lugar ermo, onde, no mapa, deveria haver uma cidade. Pesquisando, ele descobriu a existência das cidades de papel. “Tudo começou quando dois cartógrafos (Earnest G. Alpers e Otto Lindberg, da General Drafting Company) inventaram a cidade de Agloe, no Estado de Nova York, e a incluíram no mapa. A ideia era proteger seus direitos autorais. Se a cidade fictícia aparecesse em algum outro mapa, ficaria configurado o caso de plágio. Achei interessante como metáfora para falar de coisas que ocorrem no mundo atual. Mas tenho de dizer que Agloe está deixando de ser fictícia. Depois do livro, muita gente ou a ir para a intersecção das estradas de terra no sul das montanhas Catskill, em busca de Agloe.”
O filme estreia na próxima quinta-feira, 9, no Brasil. Nos EUA, a estreia será no dia 23. Em algumas praças da Europa, no dia 16. O escritor revela que gostou de A Culpa, mas acha Cidades de Papel melhor. Até o set foi mais gostoso. “Como era um filme menos triste que o Culpa, o clima era mais descontraído.” O repórter investe na discussão. Define Cidades como um filme na interseção de Conta Comigo, que Rob Reiner adaptou de Stephen King, com outra obra cultuada, Clube dos Cinco, de John Hughes. Em Cidades, o garoto, Q (de Quentin), cai na estrada com os amigos em busca de Margo, que sumiu no mundo. Como em Conta Comigo, os amigos embarcam numa missão, seguem pistas. E como em Clube dos Cinco, ao falar – ao se abrir -, os jovens se revelam.
“É isso mesmo. São dois filmes de culto e Clube dos Cinco é um dos nossos favoritos, não é, Nat"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238
l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>