Muitos dos filmes do Festival de Cinema de Sundance rompem a “barreira” da produção independente para se tornarem sérios concorrentes da temporada de prêmios do ano seguinte (os exemplos são muitos, de Hannah e Suas Irmãs, de Woody Allen, a Boyhood, de Richard Linklater, e Corra!, de Jordan Peele). Não será surpresa se, em 2021, Shirley, de Josephine Decker, com Elisabeth Moss e Michael Stuhlbarg, arrancar indicações aos principais prêmios da indústria, especialmente pela atuação dos dois atores.
O filme acompanha a chegada de um jovem casal (Odessa Young vive Rose, a verdadeira protagonista da história; e Logan Lerman é Fred) à casa da escritora Shirley Jackson (Moss) e de seu marido, o professor universitário Stanley Hyman (interpretado com vigor à Allen Ginsberg por Stuhlbarg), na metade dos anos 1950.
Shirley Jackson de fato existiu: seus romances se tornaram clássicos cult do horror americano, embora a definição não a agradasse. Os livros eram, na verdade, explorações psicológicas e estudos de personagens perturbados mentalmente. Não espanta, portanto, que o retrato que a diretora Josephine Decker extraia da situação faça a própria escritora se parecer com eles. “Eu sou uma bruxa, sabia"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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