Há muito tempo não se via na produção de Hollywood um thriller tão intenso quanto Sicario – Terra de Ninguém. O longa de Dennis Villeneuve concorreu em Cannes, em maio. Sicario (Hitman, assassino de aluguel) é melhor que boa parte dos filmes premiados pelo júri dos irmãos Coen – parte deles esteve visível na Mostra (Dheepan, Chronic, etc.). Do júri de Cannes participava o ator Jake Gyllenhaal, que trabalhou em alguns filmes anteriores de Villeneuve. Pode ser que o júri tenha ignorado Sicario por isso, para não parecer que houve comprometimento. Bom para a integridade dos jurados, ruim para o filme.
Sicario começa de forma explosiva, com uma das cenas de ação mais excitantes já filmadas. Fotografia (de Roger Deakins) e música (a trilha eletrônica de Jóhann Jóhansson), direção e interpretação (Emily Blunt, mas também Benicio Del Toro) terão de estar no Oscar, se a Academia de Hollywood quiser fazer a coisa certa. O próprio filme credencia-se a ser finalista para o prêmio. Sicario reabre a vertente da fronteira mexicana para um novo capítulo da guerra contra o narcotráfico. Vale lembrar que há 15 anos, em Traffic, Steven Soderbergh também situou parte de sua ação numa geografia parecida, senão a mesma. De comum, os dois filmes também têm o ator Benicio Del Toro, que ganhou o Oscar de coadjuvante pelo Soderbergh.
Da ação inicial, no Arizona, Emily salta, como voluntária, para uma operação contra o cartel de Albuquerque. Durante boa parte, ela pergunta – “What’s going on"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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