O alemão é um povo viajante. Dos cavaleiros teutônicos a Von Martius, dos avós de muita gente (inclusive os meus) aos cientistas que trabalham em todo o mundo, eles estão lá – e, é certo, aqui e acolá. Todos têm coisas para contar; nem todos, porém, viveram às margens do rio Volga, região da Rússia para onde seguiram entre os anos de 1762 e 1782. Quem foram esses homens e mulheres que trocaram uma "terra civilizada" pelas sombras da estepe? Em seu primeiro romance, "Jornada", o escritor paranaense Sérgio Neville Holzmann busca uma resposta poética para essa questão.
Sérgio, ele próprio descendente de uma família de "alemães-russos" que trocou a Rússia pelo Brasil no século XIX, diz que sua pretensão não foi criar uma obra fidedigna em termos históricos, mas apenas e tão somente uma boa história de ficção. "O ponto de partida é sim, histórico, mas os personagens e os cenários nasceram e acabaram fugindo do meu controle", conta. Segundo ele, o escritor pode se dar ao luxo de certas liberalidades criativas, mesmo em romances históricos. "A uma certa altura do livro, por exemplo, eu citei uma receita de lebre com sálvia e alecrim. Um amigo que leu o livro perguntou: ‘mas lá existiam sálvia e alecrim"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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