A partir desta quinta, 30, serão 700 salas de todo o País exibindo Porta dos Fundos – Contrato Vitalício. Para todo o lado que você se virar encontrará as caras de Fábio Porchat, Gregório Duvivier & cia. E se o cinema não estiver sintonizado no Porta, é muito provável que esteja imerso na batalha de Independence Day – O Ressurgimento. Em cartaz em 970 salas, o longa de Roland Emmerich faturou 752 mil espectadores no primeiro fim de semana. Ops! Se ajudar, tem extraterrestre em Contrato Vitalício, mas é bom não apressar as descobertas do espectador. Tem até beijo na boca de Fábio com outro homem. Transgredir sempre foi a palavra de ordem no Porta.

Fábio e seu amigo diretor – Ian SBF – gostam de brincar que o filme do Porta dos Fundos tem um lado autobiográfico. “Somos amigos de infância e a gente sempre se prometia trabalhar junto. Chegamos a falar, de brincadeirinha, num contrato vitalício. O filme já vinha sendo bolado há tempos, mas a gente só falava. Quando começamos para valer, o tema do contrato voltou e se impôs”, conta Fábio. Na internet e até na TV – Multishow -, o Porta impôs um estilo de humor viral, feito de esquetes curtos e fortes cacetadas. Vale tudo, incluindo política. “Para a estreia no cinema resolvemos concentrar no mundo do entretenimento, nas celebridades”, diz Fábio. “Acho legal, o País tá muito dividido para se arriscar com um filme sobre política”, avalia Duvivier. Já como cronista, ele bate forte.

A grande surpresa dos tietes do Porta será conferir uma mudança que não é de tom, mas de estrutura. Pois Contrato Vitalício é um filme que pretende contar uma história. Logo de cara, Fábio Porchat e Gregório Duvivier formam uma dupla que é premiada no Festival de Cannes. Tomam um porre para comemorar, Fábio propõe (e assina) o contrato do título. Em cinco minutos, pouco mais, Duvivier vai ao banheiro. Diz ‘Já volto!’ e some por dez anos. Volta com uma história de abdução e cobra o tal contrato. Inicia-se a produção de um filme ‘autobiográfico’, que narra o que teria ocorrido com Duvivier no centro da Terra. Visto por esse viés, o filme talvez não seja muito diferente de Entre Abelhas, o longa sério – cabeça – de Fábio e Ian. Fábio, na ausência do amigo, consolida-se como ‘astro’. Leva o que parece uma vida feliz. Mas aí a chegada de Duvivier o lança no olho do furacão. O personagem, em si, não é engraçado – engraçado é, ou deveria ser, o entorno, todas as pessoas e situações que agem sobre ele e transformam sua vida num inferno.

É ou deveria ser engraçado? Porque há um lado híbrido (dramático?) que permeia Contrato Vitalício, meio Entre Abelhas. “Você acha"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>