Robert Downey Jr. divulga novo ‘Sherlock Holmes’ no Rio

O clima noir da velha, suja e cinzenta Londres continua o mesmo no segundo filme de um dos detetives mais famosos do mundo: Sherlock Holmes. A direção também é a mesma, a cargo do ex-marido da Madonna, o inglês Guy Ritchie. Detalhes que deram certo no primeiro filme também foram mantidos, como o sarcasmo, as excelentes cenas de luta e os efeitos especiais, assim como a dupla central, que volta a ser vivida pelos atores Robert Downey Jr. (Holmes) e Jude Law (Dr. Watson).

Com elementos como esses – e apoiado no sucesso que foi o primeiro filme da franquia -, “Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras” consegue ser ainda melhor do que o anterior. Para divulgar o filme no Brasil, Robert Downey Jr. esteve no Rio ontem e anteontem para falar com a imprensa e com os fãs. “Ao ler os livros de Sherlock Holmes, você precisa se sentir como uma testemunha. Senão, fica impossível explicar o que está acontecendo. Como, por exemplo, achar graça de um corpo morto na sua frente”, afirmou o ator americano, ao falar sobre como é intercalar momentos de drama com humor no longa.

“Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras” está fazendo tanto sucesso quanto o primeiro. O segundo capítulo da franquia estreou em dezembro em primeiro lugar nas bilheterias dos Estados Unidos. A parte 2 já arrecadou US$ 265 milhões em todo o mundo, sem contar com os US$ 140 milhões apenas nas salas de cinema americanas. O filme irá estrear nesta sexta-feira ainda em outros 25 países, incluindo o Brasil, e por isso os números deverão aumentar ainda mais. O primeiro filme arrecadou US$ 524 milhões.

O roteiro foi inspirado na obra “O Problema Final”, em que Holmes enfrenta o maior criminoso da Europa, o professor James Moriarty, tão inteligente quanto o detetive. O longa recria a cena da suposta morte do detetive, quando os dois caem das Cataratas de Reichenbach, na Suíça. A cena é ligeiramente diferente em relação ao livro, mas contar se Guy Ritchie decidiu matar ou salvar Holmes e o vilão estragaria a surpresa final, como explica Downey Jr. “Algumas pessoas na Warner Bros. queriam que o Moriarty não morresse e voltasse num novo filme. E eu disse: ‘Não, de novo não’. Mas há algumas lutas que não devemos comprar. O livro e a adaptação são complementares.”

A participação do irmão de Holmes, Mycroft (interpretado por Stephen Fry), que trabalha no serviço secreto britânico, é um dos destaques do filme. Segundo Holmes, seu irmão é mais inteligente do que ele, só que preguiçoso demais para deixar o escritório e investigar em campo. A cena dos irmãos confabulando soluções para os enigmas são impagáveis.

O diretor, no entanto, abusou do bullet time (efeito em câmera lenta que ficou famoso em “Matrix”) para retratar os momentos de luta. O efeito acaba se tornando cansativo, porque, antes de cada embate, Holmes rea mentalmente e em câmera lenta os movimentos que fará na luta. Se no primeiro filme o recurso auxiliou na dinâmica da história, nesta segunda parte, Ritchie pesou na mão e exagerou. O ator, no entanto, defende a técnica. “Eu e Guy somos amantes das artes marciais. Nessas cenas, Holmes parece um polvo, cheio de braços.”

A atriz sueca Noomi Rapace também merece atenção, na pele da cigana Madam Simza Heron. A atriz de 32 anos ganhou notoriedade após interpretar a hacker Lisbeth Salander na adaptação sueca da trilogia “Millennium”. Em Sherlock Holmes, a personagem de Noomi é essencial para o sucesso da investigação. Outro ponto que poderá gerar críticas são as modificações feitas na história original. Apesar de recriar cidades europeias como Londres e Paris, não é possível afirmar que o filme seja uma adaptação fiel ao livro de Sir Conan Doyle. As informações são do Jornal da Tarde.

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