Com as duas primeiras temporadas disponíveis no Globoplay, a terceira temporada da série Sob Pressão estreia dia 2 de maio na TV aberta. Prepare-se. O primeiro episódio é eletrizante. Foi apresentado para uma plateia de jornalistas, na semana ada, no Rio, e na sequência o diretor-geral Andrucha Waddington, o roteirista Lucas Paraízo e os atores Júlio Andrade e Marjorie Estiano participaram de uma entrevista coletiva.
Drica Morais, que se integra ao elenco, chegou um pouco atrasada. Embora seja uma das séries de maior audiência na grade da Globo, Sob Pressão inicia a nova temporada já em ritmo de despedida. Será a última. Ninguém sabe explicar o porquê. “É uma decisão da emissora”, explicou Andrucha. E Júlio: “A gente prefere acreditar que, no futuro, a atração voltará. É muito forte, e tem um impacto muito grande sobre o público. Já ouvi de muito jovem que quis fazer medicina por causa do dr. Evandro, da dra. Carolina”.
São os personagens de Marjorie e Júlio. O primeiro episódio começa com a greve dos caminheiros do ano ado. Falta combustível, as ambulâncias estão paradas. Só uma ou outra funciona, e é numa ambulância assim, com o combustível acabando, que dra. Carol conduz um paciente – um jovem com um espeto que lhe tresa o peito -, atrás de vagas num hospital. O atendimento é do SUS, Sistema Único de Saúde, mas, em desespero, ela adentra um hospital chiquérrimo em busca de socorro. A segurança é acionada, mas, penalizado, o plantonista resolve ajudá-la. Você precisa ver como. Seria cômico, se não fosse trágico. Do macro ao micro. Num episódio, a história vai do estado do Brasil à radiografia do sistema de saúde visto pelo ângulo de quem não tem recursos. No livro que inspirou a série – Sob Pressão -, o dr. Márcio Maranhão, em depoimento à jornalista e coautora Karla Monteiro, narra a rotina de guerra de um médico brasileiro no Sistema Único. Dr. Maranhão não se vexa de revelar a cruel piada dos próprios médicos nos corredores de hospitais mal equipados e lotados – SUS é a sigla para ‘seu último suspiro’.
Andrucha define a série criada por Jorge Furtado – “Esse movimento do macro ao micro está presente desde a primeira temporada, é a marca da série. Estamos abordando de um novo ângulo os problemas que são os de sempre no sistema de saúde. Falta tudo – equipe, remuneração, material. E também falta participação do Estado num serviço público fundamental.” Para Lucas Paraízo é muito triste constatar que a Constituição de 1988 defende o direito à saúde, à educação, ao emprego, e não está sendo cumprida. “É só ir a um hospital público, qualquer um, para constatar o abandono.” E Andrucha – “Em especial, nessa terceira temporada existe uma pergunta que nos fazemos o tempo todo – quanto custa salvar uma vida"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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