As duas maiores centrais sindicais do País criticaram as medidas adotadas pelo governo para favorecer setores industriais prejudicados com a valorização do câmbio. A CUT censurou o fato de as medidas não estarem vinculadas a cláusulas sociais que incentivem a geração de empregos formais e o investimento na formação dos trabalhadores.
"A CUT reitera que linhas de financiamento, investimento ou isenções fiscais com recursos públicos para empreendimentos privados devem incluir cláusulas sociais que condicionem as empresas a manter e gerar empregos com carteira assinada e a investir no aprimoramento educacional de seus trabalhadores", disse o presidente da central, Arthur Henrique, em nota.
Ele exigiu também mudanças na política macroeconômica que favoreçam o setor produtivo em detrimento do sistema financeiro. "Sabemos também que o desenvolvimento brasileiro exige mais do que as medidas hoje anunciadas", acrescentou.
Para a Força Sindical, as medidas, embora importantes, vieram tarde e não ajudam a recuperar os empregos, receita e competitividade perdidos pelos segmentos têxtil, moveleiro, calçadista, eletroeletrônico e automotivo.
"Com a morosidade, estes segmentos perderam competitividade, muitas empresas fecharam as portas, ocasionando desemprego e perda de receita para os municípios e Estados", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho também em nota. Ele pediu uma ação mais eficaz do governo em relação à queda do dólar, cobrou a redução da taxa de juros, a execução da reforma tributária e o foco na produção.
