São Paulo – No mês de setembro, o valor da cesta básica aumentou em 11 capitais, após apresentar retração em 14 cidades durante os três meses anteriores, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa pesquisa é realizada mensalmente em 16 localidades.
As três capitais da região Sul e uma do Sudeste apresentaram as maiores altas: Rio de Janeiro (5,22%), Florianópolis (3,69%), Porto Alegre (3,47%) e Curitiba (2,51%). Pelo terceiro mês consecutivo, a capital gaúcha registrou o valor mais alto: R$ 177,68. Na capital paulista, com a quinta maior variação mensal (1,46%), o valor dos gêneros de primeira necessidade é o segundo mais elevado: R$ 172,10.
De acordo com José Maurício Soares, economista do Dieese, o preço da carne bovina ? ?o item mais importante em qualquer região? ? é um dos principais responsáveis pelo aumento, registrado em 13 capitais. A maior alta ocorreu no Rio de Janeiro (7,02%), mas com o fim da entressafra nos próximos meses, "a carne deve baratear", acrescentou Soares.
As cestas básicas mais baratas em setembro foram as de Fortaleza (R$ 126,15) e Natal (R$ 129,92), mas em grande parte da região Nordeste os preços caíram, com destaque para João Pessoa (-0,75%), Aracaju (-0,82%), Natal (-1,02%) e Fortaleza (-2,56%).
A composição diversificada das cestas básicas em cada região resulta em variação desigual. "No Nordeste ela é mais barata porque tem 4,5 quilos de carne bovina, enquanto no Sudeste são 6 quilos e no Sul, 6,5 quilos", explicou Soares.
O feijão ficou mais barato em 13 capitais, com destaque para Salvador (-12,5%). Desde outubro do ano ado, esse item teve redução de preço nas 16 capitais pesquisadas pelo Dieese.
Nos últimos 12 meses, Salvador é a cidade que registra maior elevação de preços (5,43%), apesar da queda no preço do feijão. E Fortaleza, a de maior queda (-4,75%) no mesmo período.
