A construção cortou 646 mil trabalhadores no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de ocupados na atividade encolheu 8,7% no trimestre encerrado em abril de 2017 ante o mesmo período de 2016.

O comércio dispensou 174 mil empregados no trimestre encerrado em abril ante o mesmo período do ano anterior, queda de 1,0% na ocupação no setor.

Outras atividades com corte de vagas foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-730 mil empregados, recuo de 7,7% no total de ocupados), istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-374 mil vagas, queda de 2,4%) e serviços domésticos (-163 mil empregados, redução de 2,6% no total de ocupados).

O setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e istrativas – que inclui alguns serviços prestados à indústria – registrou um avanço 149 mil vagas em um ano,1,5% de ocupados a mais.

Também houve aumento em março no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+548 mil empregados), outros serviços (+175 mil pessoas) e transporte, armazenagem e correio (+34 mil ocupados).

Indústria

Segundo o IBGE, a indústria cortou 220 mil trabalhadores no período de um ano. O total de ocupados na atividade encolheu 1,9% no trimestre encerrado em abril de 2017 ante o mesmo período de 2016.

No entanto, houve melhora em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em janeiro. A indústria contratou 204 mil pessoas, um crescimento de 1,8% no contingente de trabalhadores em um trimestre.

“É o primeiro resultado positivo após três anos sem aumento na indústria o contingente de ocupados. A indústria perdeu aproximadamente 1,8 milhão de trabalhadores em dois anos e agora começa a apresentar sinais de recuperação. Acho que a gente tem que ser bastante cauteloso. Não é um trimestre consolidado. É importante aguardar o segundo trimestre para ver se esse crescimento da indústria é só um soluço ou um movimento consolidado”, ponderou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

No trimestre encerrado em abril de 2012, a indústria representava 14,8% de toda a população ocupada no País. Após os últimos anos de enxugamento da folha de pessoal, o setor responde atualmente por 12,9% dos ocupados, segundo os dados do trimestre encerrado em abril de 2017.

Segundo Azeredo, o trimestre encerrado em abril ante o trimestre encerrado em janeiro mostra uma movimentação ainda instável no mercado de trabalho.

“A gente tem que ser bastante cauteloso antes de dizer de que a indústria gerou vagas com a recuperação econômica… Senão como você vai explicar queda na população ocupada, aumento na desocupação, carteira assinada no menor nível histórica"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>