O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta terça-feira, 27, que os investimentos em logística, provavelmente, vão se acelerar nos próximos anos. “Estimamos chegar a desembolso de R$ 40 bilhões a R$ 45 bilhões por ano nos próximos anos entre energia e logística, em função do programa de concessões”, afirmou. Coutinho participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Ele afirmou também que o BNDES já liberou no primeiro semestre deste ano R$ 1,7 bilhão em recursos para o programa Inova Petro que, em parceria com a Finep – Agência Brasileira de Inovação, promove projetos de tecnologia no setor de petróleo e gás. Coutinho citou projetos de inovação que devem levar a indústria sucroalcooleira a desenvolver o etanol de segunda e terceira geração. “Reservamos R$ 1 bilhão para o programa e recebemos propostas de R$ 10 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões se tratavam de projetos de alta qualidade”, completou. De acordo com o presidente do BNDES, o banco financia 25 empresas em 35 projetos nesse segmento.
Bancos
Coutinho afirmou ainda que a combinação de bancos públicos e privados na concessão de financiamentos de longo prazo é vitoriosa em outros países e adequada ao Brasil. O presidente do banco de fomento disse que é preciso criar condições para que o BNDES possa dividir essas operações com instituições financeiras privadas. “À medida que o sistema bancário privado brasileiro alcance seu potencial, nossa participação no crédito será mais próxima à da verificada em bancos de fomento de outros países”, destacou.
“Em momentos de retração econômica, os bancos públicos aumentam atuação, enquanto os privados tendem a se retrair, mas, em momentos de expansão econômica, as instituições públicas podem deixar espaço para que o setor privado se expanda”, completou. Não obstante, Coutinho avaliou que o mercado de capitais do Brasil tem espaço para crescer e afirmou que o banco de fomento quer ser a “mola propulsora” dessa expansão.
Senadores
Parlamentares da CAE do Senado questionaram o presidente do BNDES sobre as operações de empréstimos ao grupo do empresário Eike Batista. A senadora Ana Amélia (PP-RS) citou reportagem do Grupo Estado, publicada em julho. “O jornal denunciou concessão de privilégios a empresas de Eike Batista”, disse. “Contratos entre BNDES e EBX foram alterados e uma nota do BNDES alega que estruturação de garantias foi feita com rigor usual adotado pelo BNDES. Eu indago: é usual receber como garantias em operações ações e cartas de finanças do próprio devedor? Essas práticas são usuais também em bancos privados"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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