O aroma do café está mais forte, mas o bolso dos curitibanos sente o peso. Nos últimos 12 meses, o preço do café moído disparou 80,2% no Brasil, atingindo a maior alta desde a implementação do Plano Real em 1994. A informação foi divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (9), com base no IPCA.
Para os amantes do “cafezinho” na capital paranaense, a notícia é amarga. O aumento expressivo coloca o café no topo da lista de produtos com maior inflação entre os 377 itens pesquisados pelo IPCA.
Só em abril, o café moído ficou 4,48% mais caro, impactando significativamente o grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de 0,82% no mês. O IPCA geral apresentou inflação de 0,43% no mesmo período.
Mas o que está por trás dessa alta histórica? Segundo especialistas, problemas climáticos afetaram a oferta do produto, pressionando as cotações internacionais nos últimos meses.
Para efeito de comparação, apenas no primeiro ano do Plano Real (junho de 1994 a maio de 1995) foi registrada uma alta superior, de 85,5%. No entanto, esse período incluía o último mês antes da vigência da nova moeda.
