O governo conseguiu impedir nesta quarta-feira (16) a votação na I do Apagão Aéreo da Câmara de um requerimento de pedidos de auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que envolvam segurança e controle do tráfego aéreo. Essas auditorias apontam irregularidades em empresas como a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela istração dos aeroportos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Aeronáutica.
Neste primeiro embate entre aliados e oposição, o governo mostrou sua força na I da Câmara: foram 15 votos contra a inclusão na pauta de votação do requerimento apresentado pela oposição e nove a favor do pedido. "Aquilo que não se fizer aqui haverá pressão para se faça na I do Apagão que será instalada no Senado", disse o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), autor do requerimento com o pedido de auditorias do TCU. "Nossa preocupação é não transformar esta I em uma comissão que trata de todos os assuntos, menos do apagão aéreo", argumentou o presidente da comissão, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
Na segunda sessão istrativa da I do Apagão Aéreo, os deputados não votaram nenhum requerimento – a única votação foi o pedido de inclusão na pauta do requerimento de Fruet. Na maior parte da sessão, que durou cerca de 1h30, os aliados e a oposição bateram boca sobre o imbróglio envolvendo o vôo do papa Bento XVI de volta à Itália, no último domingo.
A transcrição dos diálogos mostra que não houve falha no equipamento de controle aéreo, mas na comunicação entre o piloto da aeronave da Alitália e o controlador de vôo. Fica claro que o controlador não entende o que dizia em inglês o piloto do avião que levava o papa. De acordo com a transcrição dos diálogos, o piloto da Alitália tentou oito vezes explicar ao controlador que o papa queria mandar uma mensagem para o presidente da República.
