Governo fará esforços para apoiar produtores de frango, diz Rodrigues

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, disse que o governo fará esforços para reverter os efeitos negativos que a gripe aviária trouxe para o agronegócio. Segundo afirmou hoje (23) em São Paulo, serão instalados mecanismos de apoio à comercialização para diminuir os reflexos no Brasil causados pela queda de consumo de frango nos países da Europa e Ásia.

Rodrigues disse que o Brasil tem uma grande oferta e capacidade produtiva de frango, mas reconheceu que a redução de mercado e de preços está levando a uma reação em cadeia de queda da produção interna. Primeiro, explicou, houve diminuição na produção e alojamento das aves, que têm ciclo de 45 dias desde o momento em que nascem até serem levadas para o abate. "Há uma redução de empregos nessa área. Segundo, uma redução do consumo de rações, sobretudo baseada em milho e soja".

De acordo com o ministro, o reflexo é imediato, principalmente nos preços do milho, um produto voltado para o mercado interno. "Os preços despencaram. Em alguns lugares o preço do milho chegou a R$ 7, o que não cobre nem 60% dos custos de produção". O ministro garantiu que o governo fará esforços para reverter os efeitos negativos para o agronegócio com mecanismos que "significam, fundamentalmente, uma ação do governo para garantir o preço mínimo de alguns produtos agrícolas".

Ele reforçou que o país estava em plena produção e que tem um risco relativamente pequeno de contrair o vírus da gripe aviária, porque as duas rotas migratórias de aves que poderiam trazer a doença são bastante controladas. "A rota Norte a por Canadá e Estados Unidos, que já têm barreiras de avaliação e controle muito rigorosas. E a rota Antártica é bastante limitada em termos de risco, então o Brasil é um país que tem uma condição excepcional de escapar desse problema".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo