No início de dezembro, o Exército israelense lançou uma operação para destruir túneis cavados do Líbano até Israel. Em uma dessas galerias, os militares prenderam Imad Fahs, membro do Hezbollah, formado em engenharia mecânica na Universidade de Tecnologia de Teerã. Segundo os militares israelenses, Fahs foi treinado por cartéis mexicanos perto da fronteira com os EUA.

A ligação entre crime organizado e terrorismo não é mais um mito explorado em filmes de Hollywood. Esta é uma das especialidades da venezuelana Vanessa Neumann, fundadora da Asymmetrica, empresa de consultoria de risco político com sede em Washington, nos EUA. “A convergência entre crime e terrorismo acelera o aprendizado dos dois grupos”, disse.

Na última semana de novembro, ela esteve em São Paulo para lançar seu livro, Lucros de Sangue (Matrix Editora), que conta sua experiência pessoal em correr atrás do dinheiro que circula entre bandidos, traficantes, terroristas e políticos corruptos. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Estado.

O que mais chama sua atenção na relação entre crime organizado e Estado?

O mais interessante é que o crime organizado age lentamente. Não é como o terrorismo, que explode uma bomba e chama a atenção. É um negócio que vai castigando pouco a pouco. As pessoas não se dão conta, não reagem, se acostumam à situação. De repente, você acorda e pergunta: ‘O que houve"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>