Gabinete de segurança decide manter ofensiva em Gaza

O gabinete de segurança de Israel optou nesta sexta-feira (9) por manter a ofensiva na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada apesar de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada ontem à noite, pedindo um cessar-fogo imediato. “Os ministros reiteraram o direito de Israel de defender seus cidadãos, para cujo fim as Forças de Defesa israelenses continuarão as operações a fim de alcançar os objetivos da ofensiva – mudar a situação de segurança no sul do país”, disse um alto funcionário do governo, após a reunião.

De acordo com ele, será mantida a operação para impedir o contrabando de armas até a Faixa de Gaza. “Também foi decidido que a atividade humanitária permitida por Israel continuará.” O funcionário disse ainda que “os ministros receberam informações sobre as conversas de Amos Gilad (enviado israelense) no Egito, bem como sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU”.

Protestos – Também hoje foram realizadas manifestações contra a ofensiva israelense em Gaza em vários países. Da Indonésia – o maior país muçulmano do mundo – até a Itália, onde pedidos de boicote contra o comércio de judeus foi alvo de ampla condenação. Em Alexandria, no Egito, 50 mil pessoas se reuniram após as orações da sexta-feira. Além de criticar a ocupação, muitos dos manifestantes criticavam a postura do governo egípcio na crise. O Egito se recusa a abrir sua fronteira com Gaza.

Na Malásia, país também predominantemente muçulmano, grupos pediram um boicote a produtos norte-americanos como a Coca-Cola. Um influente ex-primeiro-ministro disse que as pessoas que trabalham em lojas da Starbucks e do McDonald’s deveriam deixar seus empregos. A convocação contra empresas dos Estados Unidos, forte aliado de Israel, foi feita do lado de fora da Mesquita Nacional em Kuala Lumpur, depois das orações de sexta-feira, por cerca de 300 manifestantes.

O boicote é liderado pela Associação de Consumidores Islâmicos Malaios e pela Associação de Empresários de Restaurantes Muçulmanos, que retirou a Coca-Cola do cardápio de milhares de restaurantes do país.

Na Itália, um organismo secundário de comércio iniciou um tumulto ao sugerir um boicote contra negócios geridos por judeus em Roma, sendo alvo de imediata condenação. O líder da comunidade judaica em Roma, Riccardo Pacifici, disse que vai abrir um processo contra a organização por “incitar o ódio racial”. A sugestão também foi condenada pelo presidente de centro-direita do Senado italiano, Renato Schifani, e pelo prefeito de extrema-direita de Roma, Gianni Alemanno, que chamou o boicote de “louco e criminoso”.

Na Noruega, seis pessoas ficaram feridas e 31 foram detidas quando cerca de mil manifestantes pró-palestinos entraram em confronto com um manifestantes pró-Israel em Oslo, informou a polícia local.

Enquanto isso, o líder líbio Muamar Kadafi incentivou os árabes a voluntariamente lutarem com os palestinos, informou a mídia estatal libanesa. “Eu faço um apelo aos árabes para que se tornem voluntários para lutar (contra Israel) com os palestinos”, disse o veterano líder em breves comentários, transmitidos pela agência de notícias oficial Jana. As informações são da Dow Jones.

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