Tailândia enfrenta conflitos um dia antes de eleições

Um tiroteio de mais de uma hora em uma movimentada esquina da capital da Tailândia neste sábado deixou ao menos sete pessoas feridas, incluindo um fotógrafo americano. Apoiadores do governo e manifestantes entraram em conflito um dia antes das eleições marcadas para o domingo.

A troca de tiros foi o último conflito em um mês marcado por protestos para a retirada da primeira-ministra Yingluck Shinawatra do poder, acusada de corrupção. As turbulências aumentaram e as expectativas são de mais conflitos violentos neste domingo,

Os confrontos começaram após manifestantes da oposição terem tentado impedir a distribuição das urnas em diversas partes da Tailândia neste sábado, véspera das eleições gerais no país.

Na capital, Bangcoc, dezenas de opositores do governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra cercaram um centro de distribuição de urnas. A polícia precisou separar os manifestantes de um grupo de cerca de 200 partidários da premiê, que estavam armados com paus e barras metálicas.

De acordo com os serviços de emergência da capital, entre os feridos nos confrontos estão um repórter do jornal local Daily News e o fotógrafo americano James Nachtwey.

O opositor Partido Democrático já anunciou seu boicote à votação. Os manifestantes contestam a realização das eleições antecipadas no domingo. Cerca de 130 mil policiais irão assegurar 93 mil locais de votação em todo país.

Em discurso televisionado, o chefe Departamento de Investigação Especial, Tarit Pengdith, garantiu que a votação deste domingo será ordenada e segura.

Os protestos começaram no final do ano ado, após o partido do governo tentar aprovar uma lei de anistia que permitiria a volta do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra ao país. Deposto em 2006, Thaksin vive no exílio, mas permanece como figura central e altamente polarizada no cenário político da Tailândia.

Desesperada para neutralizar a crise, Yingluck dissolveu a Câmara Baixa do Parlamento em dezembro e convocou novas eleições. Apesar isso, os protestos intensificaram, e Yingluck, primeira-ministra interina com poderes limitados, se viu encurralada. Os tribunais da Tailândia iniciaram uma investigação relâmpago dos casos que podem levar à saída de Yingluck ou seu partido do poder, e o exército pode intervir novamente se a crise não for resolvida de forma pacífica. Fonte: Associated Press.

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