Aécio: Lula atuou como ‘atirador’ para Dilma

O ex-governador Aécio Neves (PSDB) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou como “atirador de elite” para blindar a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, durante a corrida pelo Palácio do Planalto. Ao acompanhar o atual governador e candidato à reeleição, Antônio Anastasia (PSDB), ao debate promovido pela TV Globo na noite de ontem, Aécio afirmou que Dilma deixou que Lula assumisse a frente da campanha para blindá-la contra “sucessivas e graves denúncias”.

O ex-governador, que lidera as pesquisas em Minas para o Senado, disse também acreditar na possibilidade de realização de um segundo turno nas eleições presidenciais entre Dilma e o tucano José Serra. Para ele, mais tempo de debate “faria bem para o País” e seria uma oportunidade para o eleitorado “conhecer um pouco melhor o perfil e a biografia e a personalidade dos dois candidatos”.

“O segundo turno pode ser uma nova eleição, principalmente se ocorrer a partir dessas sucessivas e graves denúncias que estão hoje na imprensa brasileira e também na cabeça de muita gente em torno da candidatura oficial do governo”, avaliou. “A candidata Dilma, a quem respeito pessoalmente, fez uma campanha, quase que o tempo inteiro, se afastando dos principais debates, permitindo que o presidente da República fosse o seu atirador de elite”, acrescentou.

Propaganda eleitoral

Apesar de se dizer “otimista” em relação à possibilidade de segundo turno, Aécio – assim como Anastasia – em nenhum momento citou a candidatura presidencial na propaganda eleitoral gratuita tucana em Minas exibida hoje, a última da disputa estadual. Como no início da campanha, foi o candidato ao Senado quem abriu o programa da candidatura majoritária, com depoimento pedindo voto apenas para o atual governador.

Em meados de setembro, o ex-governador já havia declarado que uma derrota de Anastasia em Minas seria “talvez a derrota do projeto de Minas”. “Eu acho que podemos pensar sim num projeto nacional para Minas Gerais no futuro, mas projeto nacional, até mesmo do governo federal, a pela eleição de Anastasia”, disse.

Na mesma ocasião, ele negou estar decepcionado por ter perdido para Serra a disputa interna pela indicação do PSDB para a corrida presidencial e observou que era preciso “pensar no futuro”. Depois, em nota, negou que tivesse vinculado a reeleição de seu apadrinhado político em Minas a um projeto pessoal. No programa de hoje, porém, encerrou seu depoimento afirmando novamente que “a vitória de Anastasia representa também o fortalecimento de Minas no cenário nacional”.

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