O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou hoje qualquer preocupação com o embarque do presidente recordista de popularidade Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de seu adversário, Aloizio Mercadante. “Nenhuma preocupação, cada um defende o seu partido”, respondeu o tucano.
Lula deflagrou na última sexta-feira, 20, um esforço concentrado no Estado para reforçar o nome da candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, e alavancar o nome de Mercadante. Em três dias, o presidente fez comícios em Osasco, Mauá e São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Pela última pesquisa Datafolha de intenção de voto, Alckmin tem 54% e Mercadante, 16%.
Alckmin acompanhou na tarde de hoje a agenda do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra. Lado a lado, os dois foram da Ana Rosa à Vila Prudente de Metrô, em um vagão superlotado por políticos, seguranças, jornalistas e cinegrafistas, além dos usuários do transporte. Depois, caminharam pelo bairro da zona leste cercados por uma centena de cabos eleitorais e correligionários.
Na hora de conversar com jornalistas, Alckmin preservou Serra de perguntas incômodas, como sobre a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje que mostra Dilma na liderança com 18 pontos de vantagem. A primeira pergunta, para Serra, foi se ele acreditava que fazer campanha ao lado de Alckmin o ajudaria. Serra ficou calado e coube a Alckmin responder: “Nossa campanha em São Paulo é muito unida, é casada”.
Alckmin engatou então um discurso de três minutos sobre seus planos para o Metrô, caso seja eleito. Serra deixou o encontro sem falar. Ele havia concedido entrevista em um evento anterior, quando disse não ter “o menor interesse” em pesquisas eleitorais.
