O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) garantiu hoje (23) que o PT terá uma “chapa fortíssima” para o governo de São Paulo mesmo que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) mantenha sua intenção de se candidatar à Presidência da República. Dirceu afirmou que as dificuldades entre PT e PSB serão resolvidas nos próximos dias, mas disse concordar com a opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a qual o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) é o melhor nome do partido caso Ciro não queira disputar o cargo de governador de São Paulo.

Dirceu afirmou que Mercadante não será forçado a se candidatar ao cargo, abrindo mão da sua preferência pela disputa da reeleição ao Senado. “É ele quem vai tomar a decisão. Ninguém empurra o Mercadante para lugar nenhum, quem conhece o Mercadante sabe disso”, afirmou.

Na avaliação de Dirceu, Mercadante não recusaria um pedido de Lula e tem crédito com o partido desde 1994, quando abriu mão de disputar a reeleição na Câmara Federal para ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula. “Ele não se recusou em 1994, que era um momento muito difícil. O partido é devedor com o Mercadante. Mercadante é credor conosco.”

Para Dirceu, a aliança da situação para o governo do Estado é problemática e o PT tem boas chances de chegar ao segundo turno. “Quem vai ser o candidato do PSDB? Eu não sei quem vai ser. Será que não é o PSDB que vai parecer dividido? Dia 4 de abril o governador será o Alberto Goldman (atual vice-governador de São Paulo). O Aloysio Nunes Ferreira (secretário da Casa Civil) também é pré-candidato. Ele pode não assumir, mas na prática, dentro do PSDB, está se discutindo. O PSDB não tem candidato ao Senado e o DEM é um aliado hoje problemático, inclusive aqui em São Paulo”, afirmou. “A eleição em São Paulo é uma eleição em que podemos ir para o segundo turno e disputar para valer.”

Estados

O ex-ministro negou que a aliança entre PT e PMDB não seja sólida e que a pré-candidata do partido à Presidência da República, Dilma Rousseff, possa perder o apoio do PMDB em razão da disputa em torno dos palanques estaduais. “As alianças com o PMDB já estão consolidadas em sete ou oito Estados, o PT tem candidatura própria em 12 ou 13 Estados”, disse. “Não necessariamente ter duas candidaturas é esfacelar a base. No Rio Grande do Sul, por exemplo, do ponto de vista da candidatura da Dilma, ter o apoio de Fogaça (prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, do PMDB), é esfacelar, apesar do (ex-ministro da Justiça e petista) Tarso Genro"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>