O candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, causou constrangimento hoje ao criticar o senador e acadêmico José Sarney (PMDB-AP) na própria Academia Brasileira de Letras (ABL) e afirmar, na presença da também senadora e presidenciável Marina Silva (PV), que os senadores não têm utilidade. “Desemprega ela (sic)”, pediu ele, em tom irônico, em entrevista posterior ao discurso, referindo-se à adversária.
No Fórum Especial promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae) – esvaziado pelas ausências dos líderes da corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) – Plínio causou risadas e aplausos, mas manteve o discurso de crítica à desigualdade social existente no Brasil, pedindo mudanças e reformas.
“Com todo o respeito aos senadores, não servem para nada. A não ser manter as oligarquias, tipo Sarney. Não sei quem apoia o Sarney aqui, mas em todo caso…”, disse ele, a poucos metros do presidente da ABL, Marcos Villaça, amigo do senador pelo Amapá, e da própria Marina. O encontro ocorria no auditório da Academia. Ninguém respondeu. Mais tarde, na saída, Plínio voltou às críticas. “Não precisa o Senado. O Senado é uma coisa artificial. Este País nunca foi uma federação, este País sempre foi unitário. Isto é uma cópia dos Estados Unidos. Lá funciona, aqui não funciona. Aqui é um valhacouto de caciques políticos. Valhacouto. Pode por”, disse aos repórteres.
Jornal Nacional
Mais cedo, Plínio teve de regravar a entrevista que concedeu ao Jornal Nacional, da Rede Globo. Ele protestou por ter direito a apenas três minutos, enquanto os adversários Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) tiveram, cada um, 12 minutos. “A Globo me reservou a classe econômica e, para os candidatos chapa branca, a classe executiva”, disse. A gravação foi interrompida e foi feito ao candidato um pedido, para que fosse mais ameno na crítica. Com a ajuda do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), Plínio concordou com um protesto mais brando contra o pouco tempo da entrevista e a regravou.
Armagedon
Marina falou da possibilidade de um “Armagedon ambiental” – a elevação da temperatura da Terra em dois graus, o que inviabilizaria e vida – e denunciou que seu projeto de lei de o aos recursos da biodiversidade, apresentado em 1995, ainda não foi aprovado. “Pude ver que as sementes das nossas seringueiras foram levadas para a Malásia”, contou, recordando sua juventude. “Eu mesmo as juntei na floresta, e os patrões compravam em troca de rapadura e latas de leite Moça. E eu perguntava para o meu pai: ‘Para que eles querem essas sementes, papai"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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