O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou na noite desta segunda-feira que os movimentos que tomaram as ruas do Brasil nos últimos dias são consequência de uma crise da vida “cotidiana” da população, e não apenas de uma crise das instituições do País.

“O que vemos é a falência dos órgãos públicos há muito tempo. Esses são os problemas que afetam as pessoas, é uma crise das vidas cotidianas, e não das instituições”, disse FHC durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Fernando Henrique citou um artigo que produziu em 2011 sobre o que seriam as futuras demandas das “classe emergentes”, com foco na qualidade de vida, para explicar parte da crise. “Não é a demanda sindical, do salário, é a de viver melhor. E outro componente, a decência. Há uma indignação em função do processo de corrupção que atingiu vários setores”, avaliou.

Indagado sobre suas críticas à proposta da presidente Dilma Rousseff de chamar uma constituinte para realizar a reforma política, sendo que ele mesmo defendeu uma constituinte específica para a reforma política, tributária e judicial em 1998, FHC foi taxativo: “Eu errei”. Para o tucano, a reforma política deveria ser discutida no Congresso. Segundo ele, o tema é muito complexo para ser discutido apresentado em plebiscito, e citou o voto distrital como exemplo. “Diz que quer (voto distrital), daí qual vai ser"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>