Dez dias após a publicação de um novo decreto municipal, permitindo que cinemas e teatros reabram as cortinas, os principais estabelecimentos de Curitiba ainda enfrentam um cenário agridoce. Se por um lado a reabertura dá um refresco nas contas apertadas pela queda brusca de faturamento dos últimos meses, ela ainda é cercada de desconfianças e barreiras que tornam a atividade cultural mais onerosa. E, claro, prejudicam o planejamento de médio e longo prazos.
Diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter diz que o momento ainda é de “aflição”. “Temos várias produções engatilhadas, mas sem perspectiva de serem realizadas. Ninguém vai se arriscar a marcar uma produção para agosto. Vai que em agosto mude a bandeira [o sistema de adoção de restrições adotado por Curitiba]? É um mercado muito complicado”, aponta.
Para ela, a redução de capacidade de público é outro complicador. “A regra da prefeitura diz que os teatros podem reabrir com 50% [da capacidade total da casa]. Teríamos mil lugares no Guairão [cuja capacidade total é de 2 mil lugares]. Mas a gente fez as contas respeitando um metro e meio de distanciamento para todos os lados. Poderíamos colocar no Guairão somente 300 pessoas. O produtor não se interessa. Ele vai vir ao Guairão para pôr 300 pessoas na plateia"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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