Recentemente tivemos em Curitiba uma ação conjunta da Prefeitura Municipal com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, que invadiu um canil com 300 animais em situação de maus-tratos. Após a operação, a dona do espaço foi presa e responderá judicialmente, sendo que o espaço ficou sob responsabilidade da Prefeitura e do Instituto Fica Comigo, que assumiu os animais, fazendo uma grande ação de recuperação do local e dos animais que estavam lá.

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Foto: Paulo Colnaghi/Amigo Fiel

Além do canil no bairro São Lourenço, a dona do imóvel tem uma casa no Alto da Glória onde foram encontrados mais cães e gatos em situação deplorável, neste local inclusive, alguns dos animais viveram sempre dentro de caixas de transporte e não sabem andar.

Essa situação já era conhecida há algum tempo, mas recursos judiciais impediam a ação dos órgãos públicos. Os animais estavam vivendo sobre uma densa camada de fezes e urina deles mesmos com falta de alimentação, água e cuidados médicos.

Quando acolher animais se torna uma compulsão e ocasiona problemas a todos os envolvidos?

Acumuladores de animais são indivíduos que possuem um transtorno mental, registrado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que é caracterizado por uma compulsão em abrigar bichos sem ter condições financeiras, emocionais e habitacionais.

Foto: Paulo Colnaghi/Amigo Fiel

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Segundo dados da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, a cidade tem mais de 250 casos de acumulação chegando ao número assustador de 7 mil animais.

Como identificar

O principal critério para identificar um(a) acumulador(a) é observar se a quantidade de animais dentro da habitação está interferindo nos demais aspectos da vida dela. Isso é um sinal de alerta para qualquer excesso comportamental. Além disso a pessoa com esse transtorno se recusa a doar os animais.

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Os casos de acumulação normalmente tem um “gatilho”, perdas de parentes, carências e forte sentimento de responsabilidade com os animais. O acumulador não se considera como tal e, acredita que está salvando os bichos, que só mais um animal não vai afetar nada, quando o limite já foi extrapolado há muito tempo.   

Solução

Foto: Paulo Colnaghi/Amigo Fiel

Não existe solução mágica para resolver esses problemas, ações multissetoriais devem ser implementadas através do poder público, organizações e sociedade civil, porque muitas vezes, pessoas acabam descartando bichos nesses espaços.

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