O último debate do primeiro turno desta eleição presidencial, promovido nesta quinta (29) pela TV Globo, terá a presença de sete candidatos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB).

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O debate começa por volta das 22h30 e terá cerca de duas horas de duração, com mediação do jornalista William Bonner. Assim como nos encontros promovidos pela Band/Cultura e SBT/CNN Brasil, este também não terá a participação do público no estúdio.

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Segundo a TV Globo, os sete candidatos foram convidados com base na representação partidária no Congresso Nacional “de, no mínimo, cinco parlamentares e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum”.

Os candidatos serão posicionados no estúdio na seguinte ordem:

  • Ciro Gomes
  • Jair Bolsonaro
  • Padre Kelmon
  • Felipe d’Avila
  • Lula
  • Simone Tebet
  • Soraya Thronicke

O debate terá quatro blocos de perguntas e respostas, sendo o primeiro e o terceiro de confronto direto entre os candidatos, e o segundo e o quarto com temas determinados sorteados pelo mediador. Ao final do último bloco, cada candidato fará suas considerações finais.

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Diferente dos demais debates televisivos desta eleição, este da TV Globo não terá perguntas feitas por jornalistas. Pelas regras acertadas entre a emissora e os partidos, os próprios candidatos farão as perguntas relacionadas aos temas específicos determinados.

Os candidatos terão 30 segundos para fazer as perguntas e um minuto para a réplica, enquanto que o escolhido para responder terá três minutos divididos como quiser entre a resposta e a tréplica. Cada candidato vai perguntar uma vez e responder uma única vez em cada bloco do debate.

Debate para consolidar voto

O último debate na TV é considerado decisivo pelas campanhas dos presidenciáveis, por ser um dos momentos finais da campanha em que o eleitor terá oportunidade de comparar os desempenhos dos candidatos no confronto de ideias e apresentação de propostas para o país.

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Lula pretende focar no debate os esforços destes últimos dias de campanha, segundo integrantes do PT. O ex-presidente vem se preparando para o encontro na TV Globo para convencer os eleitores da necessidade do voto útil para terminar a eleição ainda neste primeiro turno, além de reduzir a abstenção diante da polarização com o presidente Bolsonaro. Segundo a última pesquisa BTG/FSB divulgada na segunda (26), o petista tinha 45% das intenções de voto (o equivalente a 48% dos “votos válidos”, que desconsideram indecisos, votos em brancos e nulos)

Jair Bolsonaro, por sua vez, vai ao debate da TV Globo com um tom mais incisivo contra Lula, com críticas e comparações ao seu governo, mas sem deixar de lado o legado de sua própria gestão. Será uma estratégia semelhante à adotada no encontro do SBT/CNN Brasil, de aproveitar a audiência televisiva para focar no antipetismo e polarizar a discussão contra o ex-presidente.

O objetivo é elevar a rejeição do petista e evitar que o adversário consiga atrair o voto útil nesta reta final de campanha – puxando para si os eleitores indecisos ou que não tem tanta certeza de escolha dos outros cinco candidatos.

Segurar e ganhar mais votos

Os demais presidenciáveis vão seguir a mesma fórmula de debates anteriores, focando os esforços em desconstruir Lula e Bolsonaro, além de tentar manter e conquistar novos votos para evitar o fim da disputa já neste primeiro turno.

Ciro, Simone, Soraya, Felipe e Padre Kelmon estão focando a campanha desta última semana na região Sudeste para angariar votos nos três maiores colégios eleitorais do país, e assim ter uma melhor percepção do que os eleitores esperam do debate nesta reta final.

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Em entrevistas ao longo desta semana, Ciro Gomes já adiantou que seguirá a estratégia adotada até agora, de confrontar os legados de Lula e Bolsonaro e os pedidos de voto útil tanto para um como para o outro. A expectativa é de que ele repita o discurso que fez na leitura do Manifesto à Nação, apresentado na segunda (26), quando criticou o modelo político dos dois candidatos e conclamou os eleitores a votarem com “rebeldia e esperança”.

“A política virou um jogo de ódios e paixões, de poder pelo poder, e isso trouxe o Brasil à situação que estamos hoje. Não é problema de Lula, Bolsonaro e Dilma, cada um tem seu valor e seu defeito, teve as oportunidades que teve e fracassou. Por trás de cada um deles teve o mesmo modelo”, disse durante a campanha em Taboão da Serra (SP), nesta semana.

Estratégia semelhante deve ser adotada por Simone Tebet, que falará de suas propostas para o país sem deixar de lado as críticas, principalmente a Jair Bolsonaro. O candidato à reeleição se tornou alvo da emedebista desde o primeiro debate presidencial, na Band, quando afirmações críticas contra a jornalista Vera Magalhães viraram o tema principal do encontro.

Ela também vai criticar a estratégia de Lula de conseguir o voto útil: “temos as melhores propostas e tenho certeza de que o eleitor irá apertar o 15 no dia 2 de outubro, para me levar ao segundo turno. Será um embate duro, mas estou pronta para falar do Brasil que queremos para todos os brasileiros”, disse à Gazeta do Povo.

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