Falar com Roger Waters é falar de política. Sujeito interessado em causas sociais e humanitárias, ele aceitou se religar ao Pink Floyd para uma apresentação histórica no Live 8 (evento criado para pressionar pelo perdão da dívida externa das nações mais pobres do mundo), em 2005, no primeiro reencontro dele no palco com os ex-companheiros de banda David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright em 24 anos.
Para ele, o conceito do disco The Wall, lançado em 1979, ainda é atual – e é motivo para trazer, à tona na entrevista, a forma como os imigrantes sírios estão sendo tratados, e negados, em diferentes países da Europa. “Não se pode construir um muro ao redor de toda a Europa”, esbraveja.
Em julho, Waters pediu para que Caetano Veloso e Gilberto Gil não se apresentassem em Tel-Aviv, no fim daquele mês. Os baianos não lhe deram ouvido, mas, no último domingo, 8, Caetano Veloso assinou um texto, no jornal Folha de S. Paulo, com o título “Visitar Israel para não mais voltar a Israel”. “Recebi um e-mail com o texto traduzido. O título era: ‘Ótima notícia’. Vou enviar uma resposta a ele.”
Para Waters a temática de The Wall, lançado há 36 anos, ainda permanece e isso o “entristece absurdamente”. “Pense em uma situação hipotética. E se acontecesse uma guerra no Brasil e você não pudesse mais viver no seu país? Imagine que você conseguisse um jeito de ir até Portugal. Chega e diz para eles que todos estão se matando lá e que quer viver ali com eles. Afinal, foram os portugueses que começaram o Brasil. Eles têm responsabilidade de aceitar os brasileiros e fazer tudo o que estivesse ao seu alcance. E não construir um muro para evitar que esses brasileiros cheguem a Portugal, entende"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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