Na quinta-feira (22), o governo federal anunciou o aumento da arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o objetivo de evitar que os gastos públicos ultraem as receitas. A estimativa do Ministério da Fazenda é que a arrecadação chegue a R$ 20,5 bilhões em 2025 e a R$ 41 bilhões em 2026.
Contudo, diante da reação negativa do mercado e da bolsa de valores, o governo recuou e revogou parte das alterações previstas antes que entrassem em vigor nesta sexta-feira (23). A alíquota de 1,1% sobre transferências de recursos para contas no exterior destinadas a investimentos, por exemplo, será mantida.
Para quem planeja viajar ou já tem agem comprada para o exterior, os gastos com “lembrancinhas” poderão pesar mais no bolso. Isso porque o aumento do imposto incide sobre compras realizadas com cartões de crédito e débito internacionais.
Compras fora do país ficam mais caras
O IOF incide principalmente sobre operações de crédito, como empréstimos, câmbio e seguro. Essas transações são feitas cotidianamente, tanto em território nacional quanto internacional.
Com a publicação das mudanças no Diário Oficial da União (DOU), compras feitas fora do país arão a ter uma alíquota fixada em 3,5%, superior à anterior de 3,38%. A nova medida contraria a proposta de 2022, que previa uma redução gradual da taxa, de 6,38% na época, até extinção total ao final da década.
Assim, agora, a cada US$ 100 gastos com cartão internacional (débito, crédito ou pré-pago), serão cobrados US$ 3,50 de imposto, cerca de R$ 19,80 na cotação atual. Já as compras internacionais feitas em sites como Shein e AliExpress permanecem inalteradas, desde que não sejam pagas com cartão de crédito internacional.
Além disso, quem adquirir moeda estrangeira em espécie também será impactado. A alíquota do câmbio ou de 1,1% para 3,5%.
