O biólogo e professor Christian Raboch Lempek mora em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, e veio para Curitiba no último dia 10 ministrar um curso de resgate de fauna. Para descansar antes das atividades, achou que locar um quarto via app seria uma boa ideia. O problema é que na hora de esticar o esqueleto na cama ele descobriu que não estava sozinho e que a noite de descanso seria uma noite de terror.
Ao puxar o edredom ele deu de cara com uma aranha-marrom monstruosa. Apesar de gostar de bichos, ele sabe que o aracnídeo (de nome científico Loxoceles) é um dos mais venenosos do Brasil. Assustado, ele começou a filmar o bicho correndo entre mantas e lençóis.
“Olha aí, Curitiba, Paraná, conhecida por esses bichinhos aqui. Aranha-marrom. Olha o perigo. A pessoa deita, aperta o bicho, não sente a picada e depois de uma coceira, começa a necrosar. Olha o perigo. Sinistro”. Curioso e preocupado, ele resolveu fazer uma buscar no quarto e o que ele encontrou foi assustador.
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Dentro da gaveta, em cantos de armários e, principalmente, embaixo da cama em que ele dormiria várias aranhas foram localizara. No vídeo em que ele postou seu drama no Instagram, ele disse ter encontrado sete aranhas. “Apesar de ser biólogo e gostar de bicho, aranha-marrom não é brincadeira não. Preferi dormir no carro”, contou.
O quarto foi locado por Christian por três noites fica numa casa em Santa Felicidade. Ele disse à Tribuna que costuma acampar ou ficar em cabanas, mas nunca tinha visto uma situação assim. “Eu contei sete e parei de contar. Tinha locado por três dias, mas conversei com a proprietária e preferi ir para um hotel. Foi bem mais seguro”, disse o biólogo Christian.
Ele afirmou para a Tribuna que conversou com a proprietária, que reembolsou o valor gasto para a reserva. “É normal encontrar uma aranha ou outra, mas quando levantei o colchão vi várias. Eu nunca fui picado e espero não ser, mas a gente tem conhecimento e sabe como é delicado”.
Veja o vídeo!
Cuidados com aranha-marrom
Os casos de acidentes com a aranha-marrom são mais comuns no verão, mas elas são ativas o ano todo. Para evitar a proliferação é importante tomar alguns cuidados em casa
Veja essas dicas para combater a aranha-marrom:
- Mantenha a casa limpa, especialmente cantos, frestas, atrás de quadros, em armários e depósitos, utilizando aspirador de pó sempre que possível.
- Sacuda roupas e calçados antes de usar, principalmente aqueles que estão guardados há muito tempo.
- Evite acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material de construção, folhas secas e folhagens densas (trepadeiras, arbustos) perto da casa.
- Mantenha jardins e quintais limpos e com a grama aparada.
- Feche buracos e frestas em paredes, forros, rodapés, assoalhos e vãos que possam servir de esconderijo para as aranhas.
- Não pendure peças de roupa fora dos armários.
- Afastar camas e berços das paredes.
- Evite que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.
Fui picado por uma aranha-marrom: e agora?
A picada da aranha-marrom muitas vezes não causa dor imediata, mas os sintomas podem surgir horas depois. A picada pode apresentar um ponto na pele com sensação de ardor leve, evoluindo para uma lesão endurecida e escura. Em alguns casos, pode surgir dor intensa, inchaço, febre, mal-estar, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, a lesão pode evoluir para necrose de difícil cicatrização. A urina pode escurecer em casos de complicações renais.
É fundamental procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Ações imediatas:
- Lave bem o local da picada com água e sabão.
- Aplique compressas frias ou gelo sobre o local da picada nas primeiras horas para ajudar a aliviar a dor.
- Procure atendimento médico imediatamente. Em Curitiba, é possível encontrar atendimento em qualquer Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Se possível e seguro, leve o aracnídeo para identificação ou fotografe-o. Isso ajuda os profissionais de saúde a determinar o tratamento correto.
O que NÂO fazer após uma picada de aranha-marrom:
- Não esprema a lesão, fure, corte, queime ou faça sucção no local.
- Não utilize torniquetes ou garrotes, pois eles não impedem a circulação do veneno e podem aumentar o risco de necrose.
- Não aplique remédios caseiros (folhas, pó de café, terra, etc.) sem orientação médica, pois podem causar infecções.
- Evite se expor ao sol, tomar banhos quentes, calor e praticar atividades físicas após a picada.
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