A Polícia Civil do Paraná (PR) fechou duas unidades de uma empresa de negociação de dívidas investigada pelos crimes de estelionato e induzir o consumidor a erro. A operação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (12) em Curitiba. Segundo a Polícia Civil, cinquenta e seis pessoas lesadas pela empresa “O Solucionador” já foram ouvidas em Curitiba.
Os policiais civis, com apoio do Procon de São José dos Pinhais, fecharam as duas unidades da empresa em Curitiba, localizadas nos bairros Sítio Cercado e Centro. A companhia possui outras sete em diversas cidades do Paraná.
A operação é resultado de um inquérito que vinha sendo conduzido desde 2022 pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor, na Capital.
“Estamos cumprindo dois mandados de busca. Um no Centro e outro no Sítio Cercado, na sede da empresa. Equipes identificaram os funcionários, fazendo entrevistas com eles e coletando outros elementos de prova que são os computadores da empresa. Esses computadores serão encaminhados para a perícia para formar o escopo de provas em desfavor da empresa”, disse o delegado Cassio Conceição, responsável pela investigações.
O suspeito dono da empresa não estava no local e é considerado foragido. “Vamos tentar encontrá-lo em outro local ou ele pode se apresentar à Justiça para dar sua versão aos fatos”, completou o delegado.
Empresa tem 200 BOs a seu desfavor
Foram registrados mais de 200 boletins de ocorrência contra a empresa em todo o Estado por se utilizar de promessas de quitação ou redução de dívidas a partir de consultorias, as quais eram previamente cobradas das vitimas.
“Entretanto, o serviço não era realizado junto às instituições financeiras credoras, o que fazia com que as vítimas perdessem o valor pago pela consultoria”, disse o delegado.
Com as evidências coletadas ao longo das diligências, foi verificada a prática dos crimes de estelionato, previsto no Código Penal, e de induzir o consumidor a erro por meio de afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza ou qualidade do serviço.
Durante a investigação, foi expedido um mandado de prisão contra o proprietário da consultoria, porém até o momento ele não foi localizado e é considerado foragido.
E aí, “O Solucionador”?
A reportagem da Tribuna tentou contato com a empresa para ouvir sua versão, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para posicionamento.
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