“Considerava como um pai”. É assim que familiares de Raíssa Suellen Ferreira da Silva definem a relação que ela tinha com Marcelo Alves dos Santos, suspeito que confessou nesta segunda-feira o assassinato da jovem. O homem, que trabalhava como humorista em casas de show de Curitiba, mentiu para os familiares da vítima durante os oito dias de buscas. O corpo da Miss foi encontrado em uma área de mata, em Araucária, na Grande Curitiba, após o humorista assumir o crime. Ele chegou a dizer que iria ajudar a encontrar ela.
“O que me deixa mais revoltado ainda é que eu liguei para ele e ele ficou o tempo todo mentindo, dizendo que ia me ajudar a achar ela, que ela tinha ido fazer uma entrevista de trabalho em São Paulo e ele não tinha mais visto ela. E o pior de tudo ainda foi o filho dele também, que é muito amigo nosso, e ajudou ele a esconder o corpo dela”, conta Herbert Guilherme, primo da Raíssa, em uma entrevista para o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC.
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Antes de desaparecer, Raíssa trocou mensagens com uma amiga.
“Ela contou para a amiga que ela tinha recebido uma proposta de trabalho, que era de uma pessoa muito conhecida, que considerava como um pai. Pra você ver a inocência dela. Considerava ele como um pai e acabar ele fazendo isso com ela”, completa o primo da vítima.
A mãe da jovem chegou a pedir para ela não ir para São Paulo, mas Raíssa insistia que era uma oportunidade melhor de emprego.
“Nesses oito dias de busca pela Raíssa, ele (Marcelo) manteve contato com eles(família Raíssa). Ele falou pelo telefone com a irmã, falou pelo telefone com o tio e sempre com aquela história que a Raíssa tinha desistido e que ele não sabia para onde ela tinha ido, que ele tinha chamado o Uber, só que estava tudo muito estranho, a família estava desconfiada”, afirma a advogada da família da baiana, Carina Goiatá.
Defesa diz que crime ocorreu depois que ela negou declaração de amor
A defesa reforça o discurso abusivo de que o crime foi cometido pelo fato de Marcelo não aceitar a recusa da jovem após se declarar para ela.
“Essa discussão que aconteceu entre o Marcelo e essa menina, se dá por conta de que ele efetivamente teria se declarado e nessa declaração ela a a ofendê-lo, a a xingá-lo e, por conta de um domínio, de uma violenta emoção arrebatado por aquele sentimento, ele acaba então efetivamente praticando esse crime”, afirma Caio Percival, advogado de Marcelo.
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