Maior honraria da CMC

Vereadores de Curitiba negam homenagem ao ator curitibano Alexandre Nero

Imagem mostra o ator curitibano Alexandre Nero.
Ator curitibano não vai receber o título de Vulto Emérito após decisão da maioria dos vereadores de Curitiba. Foto: Reprodução/Instagram.

Uma situação diferente ocorreu na sessão de terça-feira (11), no plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Por votação, foi rejeitada a concessão do título de Vulto Emérito ao ator e musicista Alexandre Nero Vieira. O projeto da vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) recebeu a negativa de 23 parlamentares, e conquistou apenas sete votos favoráveis, além de duas abstenções. 

O Vulto Emérito de Curitiba é a maior honraria a ser concedida pela Câmara dos Vereadores a uma pessoa nascida na capital do Paraná. O projeto da vereadora defendia que Alexandre Nero deveria  receber tal homenagem por sua trajetória profissional na área da cultura e por “contribuir ao desenvolvimento do município de Curitiba na realização de fatos em benefício da comunidade, como a idealização e criação da Associação dos Compositores do Município de Curitiba e da realização de peças teatrais e shows musicais”.

No momento da explanação dos vereadores, João Bettega (União), alvo de uma sindicância na CMC junto com outros vereadores, lembrou que o artista alegou que o fascimo é a “cara da classe média curitibana”, e então fundamentou seu posicionamento contrário ao projeto. “Alexandre Nero chamou inúmeros curitibanos de fascistas, então acredito que não seja oportuno que os senhores desta casa aprovarem um louvor a um ator que xinga Curitiba”, afirmou o vereador.

Bruno Secco (PMB), Da Costa (União), Delegada Tathiana (União), Guilherme Kilter (Novo) e Andressa Bianchessi (União) foram alguns dos vereadores que apoiaram as falas de Bettega, recordando outras publicações do ator com problemáticas, com possíveis alusões à zoofilia e gordofobia. Além disso, Sidnei Toaldo (PRD) apontou que outras pessoas mais envolvidas com Curitiba mereceriam maior valorização.

Reconhecimento pelo trabalho, não pela opinião

Para defender sua proposição, Giorgia Prates argumentou que o reconhecimento a Alexandre Nero seria concedido por conta dos trabalhos do ator, e não por suas opiniões nas redes sociais. “Nós temos aqui uma proposta que fala sobre um ator curitibano que tem sido um artista exemplar. Ele é um dos grandes nomes da dramaturgia, da música e da cultura brasileira”, argumentou a parlamentar que contou com a aprovação das vereadores Professora Angela (PSOL) e Vanda de Assis (PT), Camilla Gonda  (PSB), Angelo Vanhoni (PT), Laís Leão (PDT),Marcos Vieira (PDT),

Serginho do Posto (PSD) e Sidnei Toaldo (PRD) se abstiveram. Tiveram sua presença registrada em plenário, mas não votaram os vereadores Carlise Kwiatkowski (PL), Jasson Goulart (Republicanos), João da 5 Irmãos (MDB) e Leonidas Dias (Podemos). O presidente Tico Kuzma (PSD) votaria apenas em caso de empate, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara.

Reclamação pós negativa

Giorgia Prates lamentou as críticas dos vereadores contrários à homenagem, e desabafou quanto ao trabalho desenvolvido pela Câmara “Desde o começo tem sido bem complicado trabalhar nessa Casa, sendo motivo de vexame lá fora. Se vocês [vereadores] fossem ouvir o que as pessoas estão falando sobre o que acontece no plenário vocês escutariam a mesma coisa. O debate aqui é extremamente desqualificado”, criticou.

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