Projeto-piloto

Equipes da PM em Curitiba vão testar câmera corporal com IA e outros recursos

Axon Body 4, nova câmera corporal que será testada pela Polícia Militar no Paraná
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, apresentaram nesta sexta-feira (23), no Palácio Iguaçu, as câmeras corporais que serão testadas pela Polícia Militar do Paraná (PMPR). Fabricadas pela empresa norte-americana Axon, a Axon Body 4 conta com Inteligência artificial (IA), tradução simultânea em diversos idiomas, localização GPS e possibilidade de transmissão ao vivo.

A negociação para o projeto-piloto aconteceu durante uma viagem internacional de Ratinho em abril deste ano, junto com a concretização da compra de dois mil teasers para as forças de segurança. Parte dos equipamentos foi entregue nesta sexta-feira.

“Somos o primeiro estado da América Latina a receber esses equipamentos. São câmeras modernas e diferentes das convencionais que estão sendo testadas no Brasil. Elas possuem Inteligência Artificial e o policial não vai mais perder tempo fazendo ocorrência. Muitas vezes, o agente perde de uma até duas horas para relatar toda a ocorrência, então com Inteligência Artificial, em poucos segundos, ela dá um relato de tudo aquilo que a câmera registrou”, explicou o governador.

Câmera corporal pode ser ativada automaticamente

A Axon Body 4 é uma câmera corporal de alta tecnologia, acoplada ao uniforme dos agentes policiais e que grava vídeo e áudio de forma contínua ou sob acionamento, manual ou automático, conforme configuração. É possível, ainda, a detecção de ativação automática em certas situações, como a retirada da arma do coldre ou o acionamento das luzes da viatura.

Serão 50 dispositivos dentro do projeto, utilizados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) nas cidades de Curitiba e Foz do Iguaçu, sem custos ao estado durante a fase de testes. A escolha ocorreu pelas regiões turísticas; pelo porte, no caso de Curitiba; e pela região de fronteira, com grande fluxo de pessoas, em Foz.

O que a câmera corporal faz

Entre os principais recursos da câmera estão o relato de toda a ocorrência policial, por meio de IA; tradução simultânea em mais de 140 idiomas, podendo auxiliar no diálogo com turistas, por exemplo; campo de visão de 160 graus; comunicações bidirecionais; e e com recursos em tempo real, como mapas e alertas instantâneos.

A transmissão ao vivo permite que o comando acompanhe em tempo real a ocorrência. Já a resolução de vídeo aprimorada, com captura de imagens em alta definição, mesmo em ambientes de baixa luminosidade, garante gravações mais nítidas. O campo de visão maior proporciona um olhar mais próximo do humano, enquanto que o sensor de posicionamento, utilizando GPS, registra a localização durante as gravações e pode servir para reforço de outras equipes.

Para isso, o modelo conta com um dispositivo chamado “observe-me”, que permite que os policiais sinalizem para outros policiais. Quando um policial pressiona esse botão, os usuários recebem uma notificação em instantes para que possam prestar e imediato, permitindo a assistência adicional em situações críticas. Essas atualizações podem ajudar a registrar mais informações pertinentes nas situações em que serão utilizadas.

Outro diferencial do equipamento é em relação a duração da bateria, entre 13 e 14 horas, mesmo com a utilização dos recursos da câmera. De acordo com a empresa, a Axon Body 4 possui autonomia para um turno completo, além de contar com carregamento rápido, fornecendo 20% de carga em menos de 30 minutos.

“Ela não só capta as evidências e transmite em tempo real com telemetria, como também tem algo único que é a inteligência artificial, uma grande tendência na área da tecnologia. O Paraná é o primeiro a adotar, a nível Brasil e América Latina, a tecnologia de inteligência artificial adaptada ao uso de segurança pública”, ressaltou o diretor-geral da Axon no Brasil, Arthur Bernardes.

Polícia Militar do Paraná já faz testes com outra câmera corporal

Há cerca de um ano, a PMPR testa 300 câmeras corporais da marca Powerconn em todo o Paraná. Utilizadas nos serviços operacionais com maior interação com a população, as câmeras têm autonomia de 12 horas contínuas de gravação, iniciada logo após elas serem retiradas da estação de recarregamento, no início do serviço da equipe policial. O estudo deve ser concluído até o final de 2025.

As câmeras devem ser usadas em operações, atuações ostensiva e em contato com presos, perícias externas, buscas pessoais, veiculares ou domiciliares, nas intervenções e resolução de crises, motins e rebeliões no sistema prisional, entre outros.

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